Talvez, essa seja uma das cores mais complexas quando se fala em sua influência e a relação do que sentimos. Está presente há anos na história da humanidade, sendo utilizada desde a primeira “assinatura” do Homem: o sangue, carimbado em forma de mão nas cavernas pré-históricas.
A origem do seu nome vem do latim vermillus, cujo significa “pequeno verme”, remetendo à cochonilha, inseto do qual é extraído o corante carmim utilizado em tintas, cosméticos e como aditivo alimentar. Tem sua importância e uso em quase todos os períodos da história, indo desde a cor que representava a maldade e o Rei Set no antigo Egito, até a simbologia natalina em, praticamente, todo o mundo moderno.


Na psicologia, representa excitação, impulso e energia, assim como, a paixão, fogo, carne, mas em contrapartida, também representa a sensação de alerta, a guerra, o perigo, a violência. É claro que, tudo depende da forma que é utilizada, onde outros fatores externos e internos também ajudarão a construir essa atmosfera.
Quando se trata de arquitetura e decoração, precisamos lembrar das questões culturais e das intenções de quem projeta. Por ser uma cor quente, pode ser utilizado como ponto focal, “aquecendo” o ambiente, isso acontece em muitos projetos modernistas, onde além de ser uma das cores primárias (parte da característica do movimento), acaba contrastando com os materiais utilizados, geralmente o concreto armado, o aço e o vidro. Lina Bo Bardi e Oscar Niemeyer são dois grandes exemplos desse tipo de aplicação do vermelho.

Fotografia: Leonid Furmansky

Fotografia: Jorge López Sacristán

Fotografias: Frederico Cairoli
Sua presença marcante não é, necessariamente, um defeito. Consigo traz muita personalidade e, quando usada na medida certa, pode se tornar a alma do projeto, fazendo toda a diferença dentro do conceito proposto. Dessa vez, ela não é como um detalhe dentro do ambiente em si, mas é a protagonista, sendo usada como ponto focal diante da paisagem externa.

Fotografia: Paúl Rivera


Fotógrafo: Santo Eduardo di Miceli

Em ambientes externos, nós temos outras cores, texturas e elementos naturais que ajudam a compor a obra na paisagem, mas em ambientes internos devemos estudar melhor a sensação que espaço pode transmitir pelo uso da cor. O vermelho mais fechado, escuro, por exemplo, pode dar a sensação de seriedade, autoridade e respeito, enquanto um vermelho mais saturado pode ser agressivo aos olhos, chamando atenção para o “perigo”. Todas as cores possuem uma grande gama de tons, que podem e devem ser explorados para suavizar e equilibrar cada projeto.

Fotografia: Imagen Subliminal

Fotografia: Leonardo Finotti

Fotografia: Nelson Kon

Fotografias: Francisco Nogueira
Nos revestimentos, nos objetos, em elementos estruturais, nos móveis, nos detalhes, as possibilidades são infinitas, use onde puder, onde quiser. Não tenha medo de arriscar, deixe-se inspirar pelo vermelho e por todos os seus tons!
Não se esqueça, esse post faz parte de uma série neste blog chamada: As Cores Na Arquitetura, onde além de informar, também é uma forma de nos expressarmos. Dizer a tod@s que somos uma empresa multicolorida, que acredita em todas as cores e em todas as formas de amor. Viva a diversidade!